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quinta-feira, 17 de junho de 2010

CAVANDO A PROPIA COVA 02




Depois da saida do Pr.Silas Malafaia da Assembleia de DEUS e muitos outros membros nesse efeito domino que ainda nao parou.Muitas acusacoes veem sendo feitas , muita coisa vindo a tona.


Alguns problemas estão levando à Assembleia de Deus para a própria cova. No primeiro artigo, eu escrevi sobre a falta de capacitação ministerial e a mesquinha disputa de poder no decorrer da história dessa organização quase centenária. Agora, apresento outros problemas:


O legalismo...................................................................................................


O legalismo é a tendência de proibir o que a Bíblia não proíbe, simples assim. Na Assembleia de Deus já foi pecado jogar bola, torcer para a seleção, usar maquiagem, assistir televisão, usar adornos, usar calção etc e tal. Aliás, em algumas comunidades essas absurdas proibições persistem. Como isso, essa igreja perdeu tempo com trivialidades e não se preparou para encarar os reais desafios de sua época. Um jovem médio da Assembleia de Deus, aquele que frequenta assiduamente cultos de mocidade, é um sujeito incapaz de fazer voz na sua faculdade, por exemplo. Ora, em lugar de apreender a agir como sal da terra, esse jovem ainda tem que ouvir sobre os perigos advindo do Palmeiras ou Corinthians.


O legalismo é mais ou menos um sujeito preocupado com cor da tinta da cozinha enquanto a comida queima e o gás vaza pela casa. Enquanto pastores falam de maquiagem e futebol, nas Assembleias de Deus mais radicais, os jovens e os crentes em geral não sabem lidar com os desafios do pós-modernismo. Assim, muito se apegam as tradições com aquele papo de quem não lê a Bíblia direito: “Não remova os marcos antigos”.


Liderança centralizadora................................................................................


A Assembleia de Deus nasceu congregacional (bons tempos), mas hoje é um episcopado coronelista. Os coronéis decidem lá de cima e os outros de baixo que se virem em obedecer. Junto com o coronelismo vem o nepotismo, o amiguismo e outros pecados do chamado jeitinho brasileiro. É a pura falta de ética e um distanciamento do modelo de liderança de Jesus, que serve antes de ser servido. A liderança centralizadora simplesmente age como pequenos déspotas em decisões administrativas, por exemplo.


A Assembleia de Deus não precisa de papas. A comunidade tem que ser livre na sua administração, mesmo com fiscalização. Mas não há lógica que a compra de um copo plástico precise de autorização de uma sede. O que é isso? Uma igreja ou um organismo burocrático do Estado? A autonomia é o caminho.


Conclusão................................................................................................


Se continuar com esses problemas a Assembleia de Deus passará por um centenário sem motivos para a comemoração. Uma igreja em que reina a divisão por poder, o legalismo, o nepotismo, o analfabetismo bíblico, a ética frouxa, a liderança centralizadora, etc... Se continuar assim é simplesmente o fim.



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